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Espiritismo no Mundo

   O Espiritismo surgiu inicialmente no vilarejo de Hydesville, cidade de Arcadia, condado de Wayne, no Estado de Nova Iorque, EUA, através das irmãs Kate e Margaret Fox, que, no dia 31 de março de 1848, intermediaram a comunicação do Espírito Charles B. Rosma.

  A partir daí, quando um Espírito comunica-se, identifica-se e relata a história de sua morte, a plêiade do Espírito da Verdade começará a agir, tendo como base a cidade de Paris, capital da França, onde, por meio de fenômenos físicos, procurará chamar a atenção dos homens para as verdades acerca de Deus, dos Espíritos e do mundo espiritual.

   Eis que surge a figura do professor Hippolyte-Léon Denizard Rivail, que se interessa em estudar os fenômenos usando metodologia científica.  Através desse estudo ele começa a juntar um tão grande volume de informações e assume o papel de Codificador da Doutrina dos Espíritos.  Então, ele adota o nome de Allan Kardec e publica, em 18 de abril de 1857, “O Livro dos Espíritos”, obra que oficialmente apresenta o Espiritismo ao mundo, no seu tríplice aspecto de ciência-filosofia-religião.

   Depois viriam “O Livro dos Médiuns”, “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, “O Céu e o Inferno” e “A Gênese”, complementando a Codificação Espírita, ou o Pentateuco Kardeciano, como se costuma dizer no meio espírita.  Hipplolyte-Léon Denizard Rivail desencarnou em 31 de março de 1869, mas Allan Kardec permaneceu vivo na memória dos povos.

 

   Da França, a Doutrina Espírita transferir-se-ia para o Brasil, onde alcançou o mais extraordinário desenvolvimento, principalmente a partir do surgimento do médium Francisco Candido Xavier, legítimo continuador da obra de Allan Kardec, em grande escala, tendo enriquecido a literatura espírita com mais de 400 obras psicografadas, a partir de “Parnaso de Além-Túmulo”, lançado no ano de 1932.  E a expansão continua através do trabalho da FEB (Federação Espírita Brasileira), do CEI (Conselho Espírita Internacional) e, principalmente, do grande orador espírita da atualidade, o médium Divaldo Pereira Franco.

   Hoje, há grupos espíritas nos cinco continentes do planeta, com proeminência na Europa, onde, depois do Brasil, há o maior número de instituições espíritas, em Portugal, na Espanha, na França, na Alemanha e no Reino Unido, mas também se podem encontrar núcleos espíritas na África, na Ásia e na Oceania, como se pode ver nos links abaixo.

 

   Se você deseja localizar um Centro Espírita em qualquer Estado do Brasil, pesquise aqui:

www.institutoandreluiz.org

 

No Reino Unido:

http://www.buss.org.uk/

Em outras partes do mundo:

http://www.febnet.org.br

Práticas não-espíritas

 

     

Embora lide com as idéias de vidas passadas, pré-existência da alma e reencarnação, a terapia regressiva a vivências passadas não se constitui propriamente numa prática espírita, nem é realizada em centros espíritas.  Trata-se, na verdade, de um tratamento psicológico realizado através de hipnose e regressões de memória, em sessões múltiplas, por terapeutas profissionais, que podem ser espíritas ou não.  

 

Apometria

 

Outra prática não-espírita, a apometria surgiu nos anos 50 como uma técnica em que se utiliza do desdobramento do Espírito de uma pessoa doente, geralmente doentes desenganados pela medicina, bem como de obsediados, com a finalidade de tratá-los espiritualmente, visando a sua cura ou uma melhor condição para enfrentarem a sua problemática.  Segundo os próprios apômetras, não se trata de uma prática espírita, por estar em frontal desacordo com os postulados e recomendações de O Livro dos Médiuns.

 

Cromoterapia

 

   Esta prática supõe a utilização de cores no tratamento de doenças, sendo que cada cor teria propriedades distintas.  No entanto, a Espiritualidade Superior nos orienta no sentido de que procuremos apenas doar amor nos tratamentos espirituais, enquanto os Espíritos se encarregam de manipular as energias doadas para produzir os efeitos que sejam apropriados a cada caso.  Não deve ser praticada na Casa Espírita, portanto.

 

Outras

 

Assim como essas supracitadas, há outras terapias alternativas que, embora muito praticadas, como o reiki, a acupuntura, a naturopatia, a homeopatia, a cristalterapia, etc., e merecedoras de todo o nosso respeito, não são práticas espíritas, naturalmente, e não devem ser introduzidas na Casa Espírita, que não se reveste do caráter de uma clínica alternativa, nem é lugar em que se deva executar toda e qualquer atividade criada pelo homem na busca da solução dos seus males.

 

Sonhos

 

O sonho, na conceituação espírita, é a lembrança do que o Espírito viu durante o sono;  uma lembrança relacionada com lugares, coisas e Espíritos vistos durante o período de repouso do corpo físico.  Os sonhos apresentam imagens reais para o Espírito, no mais das vezes, e podem ser impressões gravadas no subconsciente do indivíduo e liberadas durante o sono.  Por isso, não há no Espiritismo a prática de interpretação dos sonhos, ou a oniromancia, de vez que, como disseram os Espíritos, “é absurdo admitir que sonhar com uma coisa anuncia outra” (L.E., perg. 404).  Cada sonho, na verdade, tem um significado particular para quem sonha, não se podendo generalizá-lo.

 

Umbanda

 

Como já dissemos em outra parte, da mesma forma a Umbanda não é uma prática espírita, a despeito de lidar com médiuns e Espíritos.  Há centros, ou terreiros, umbandistas que se auto-denominam “Tenda de Umbanda Kardecista”, por exemplo, sem que ali se pratique o Espiritismo.  Na verdade, para nos valermos de uma explicação meramente simplista, a Umbanda se utiliza principalmente de rituais em sua prática, enquanto o Espiritismo é totalmente desprovido de ritualística.  E enquanto a Umbanda ocupa-se quase que unicamente da fenomenologia mediúnica, ou seja, do mediunismo, a Doutrina Espírita está mais voltada para o esclarecimento do homem, através do estudo e educação da mediunidade, visando à evolução do Espírito.

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